Um dos filhos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), afirmou, em postagem feita no Twitter no final da noite desta quarta-feira (28), que a morte de seu pai interessa “aos que estão muito perto”.
“A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após sua posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário”, escreveu.
Em menos de cinco horas após a publicação, o post tinha sido compartilhado mais de 1.300 vezes e reunido quase mil comentários e 9.400 curtidas. Entre os comentários, boa parte queria que ele detalhasse a afirmação, o que não foi feito. Muitos também pediam que ele fizesse gestões para reforçar a segurança do seu pai.
Bolsonaro foi alvo de um atentado a faca em setembro deste ano, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O autor confesso da agressão, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso. Inquérito feito pela Polícia Federal concluiu que ele agiu sozinho,mas ainda há outras investigações em andamento.
Carlos Bolsonaro, 35 anos, é um dos três filhos políticos de Bolsonaro – os outros são o senador eleito pelo Rio Flavio Bolsonaro (PSL), 37 anos, e o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro, 34 anos – e o mais próximo do presidente eleito.
“O Carlos vive politicamente 24 horas por dia e é o maior conselheiro do meu pai”, atestou Eduardo. O próprio presidente eleito já disse que Carlos, responsável pela vitoriosa estratégia de uso das redes sociais durante a campanha, é um dos seus principais interlocutores.
No dia 22 de novembro, no entanto, de forma surpreendente, Carlos anunciou, também via Twitter, que estava deixando o grupo de transição em Brasília e voltando para o Rio de Janeiro exercer seu mandato. Também afirmou que não tinha mais nenhuma responsabilidade pelas redes sociais do seu pai.
Até então, Carlos Bolsonaro sempre aparecia ao lado do pai nas entrevistas e, quase sempre, era o responsável por encerrá-las, retirando o presidente eleito de perto dos jornalistas.
Segundo reportagem de Veja, ele também teve ao menos dois entreveros com pessoas que, acreditava, estavam tentando se aproveitar do prestígio do pai. “Ele (Carlos) odeia gente interesseira. Chegou no Jair Bolsonaro para se dar bem, morder um cargo? Vai contar com a antipatia feroz dele”, afirmou o irmão Eduardo.
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