O Grupo “Somos Todos Beatriz” vai realizar nesta quinta-feira (2), às 6h30, mais uma manifestação pedindo justiça para o assassinato da menina Beatriz Angélica, assassinada há dois anos e oito meses durante uma festa no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina. O ato será realizado em frente ao Fórum de Petrolina/PE.
Desta vez, os familiares da criança e integrantes do grupo vão cobrar do judiciário a prisão preventiva do ex-prestador de serviço do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, Alisson Henrique, acusado de apagar as imagens das câmaras de segurança do colégio, onde o suspeito de assassinar a menina aparecia, obstruindo o trabalho de investigação policial.
“Quando soubemos que as imagens haviam sido adulteradas ou apagadas, tivemos a certeza de que o caso seria solucionado naquele momento. Não foi imputado a autoria do crime de homicídio a Alisson Henrique, mas sim a prática de crimes diversos que de alguma forma contribuíram para que até agora não se chegasse ao resultado esperado por todos”, disseram os pais de Beatriz.
De acordo com eles, “a equipe da Polícia Civil de Pernambuco periciou os equipamentos de gravação de imagens e foi comprovada a prova da materialidade e autoria dos crimes previstos nos artigos 342, caput e 347 do Código Penal, apontando o ex-funcionário do Colégio Maria Auxiliadora de Petrolina-PE como o responsável por deletar imagens captadas por câmeras em que aparece o suspeito do assassinato da criança”.
A Delegada Poliana Nery pediu a prisão preventiva de Alinson Henrique e Ministério Público acatou, mas a juíza Elane Brandão Ribeiro indeferiu o pedido.
“A juíza também entendeu que tanto a prova da materialidade, quanto a autoria desses crimes estavam presentes. O único motivo para o indeferimento foi relativo ao tempo da prática dos crimes praticados por ele, Alisson Henrique, que foi em 2016. Em relação a esse argumento temos que perceber é que esse fato em si foi o mote do comprometimento de quase toda investigação, porque a partir do momento em que se deletou as imagens não se pôde mais chegar com precisão ao autor ou autores do fato criminoso. A ação dele comprometeu toda investigação”, afirmaram os pais.
Em nota divulgada na imprensa, o acusado negou que tenha apagado as imagens.
“Não podemos nos calar diante de mais esta injustiça. Pedimos aos amigos e aos que desejam ver esse crime bárbaro elucidado, que se juntem a nós neste ato de quinta-feira. Não permitiremos que outra injustiça seja cometida contra nossa princesa Beatriz”, solicitaram Lucinha Mota e Sandro Romilton.
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