Na madrugada de 11 de maio, Jaqueline Aparecida Lopes de Moraes, de 19 anos, foi agredida por seu namorado, Saael Sales Rocha, com uma cotovelada. Após a agressão, mesmo tendo sido encaminhada pelos vizinhos até um hospital, a jovem não resistiu e morreu.
Na manhã desta segunda-feira (21), o agressor se apresentou à Polícia Civil de Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo. Ele é suspeito de matar a jovem.
O pedido de prisão temporária para o suspeito foi decretado pela 2ª Vara Criminal de Mogi, informou o delegado da Delegacia de Homicídios Rubens José Ângelo.
Rocha é investigado por homicídio duplamente qualificado e feminicídio por motivo fútil. A pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
Odair Victorino, advogado do suspeito, informou que vai pedir habeas corpus para o cliente.
Rocha chegou a enviar uma mensagem de áudio para uma prima da vítima, na época do crime, e assumiu ter batido na namorada. “Eu não rezo para nada. Cê viu como é que eu tava, alteradão, acabei fazendo besteira. Dei logo um pancadão na Jaque, ela caiu lá desmaiada no chão e vim embora. Não adianta ser conivente com o errado.”
O momento em que Jacqueline foi agredida pelo companheiro em frente a porta da casa onde morava foi gravado por câmeras de monitoramento.
Já detido, Saael Sales Rocha alega que morte da namorada foi uma fatalidade. “Em momento algum eu quis matá-la. Se eu soubesse do que ocorreu eu mesmo teria socorrido ela no local. Eu não vi que ela estava desmaiada. Quando ela caiu, ela ainda falou 'ai'. Eu virei as costas e sai andando. Não sangrou nada.”
O homem ainda relatou que o casal já tinha tido outras brigas parecidas. “Foi do mesmo jeito, ela caía e eu saía andando para não estender demais a briga. Depois a gente se entendia. A gente brigava bastante por causa dos meus filhos e das minhas ex-mulheres. Eu tinha ciúme dela e ela de mim. Eu a amava e não queria fazer mal a ela. Agora vou pagar pelo acontecido. Eu estou arrependido de ter dado o soco nela.”
Como justificativa pela agressão, Rocha disse que a namorada o traía. “Quando a gente voltou, combinamos de não mentir um para o outro. A família inteira dela estava acobertando ela. Então não foi uma pessoa só mentindo para mim foram cinco. Eu já tinha bebido, estava alterado, perdi a cabeça e a agredi.”
A defesa diz que seu cliente sabe da gravidade da situação: “Ele me disse que não teve a intenção de matá-la e pediu para se apresentar. Iremos pedir a revogação da prisão ou habeas corpus para que ele responda em liberdade. Que ele pague, mas dentro dos termos da lei.”
MSN