A cantora Simaria ficou internada por quase uma semana vítima de uma doença chamada tuberculose ganglionar, conforme informou o Hospital Sírio Libanês de São Paulo, onde ela foi atendida, através de um comunicado à imprensa no dia 17 de abril de 2018.
A doença que acometeu a cantora é de difícil diagnóstico e está bastante relacionada à baixa imunidade, sendo comum em pacientes imunodeprimidos e podendo ser fatal, se não tratada.

▬ Simaria internada

A cantora sertaneja foi internada na quinta-feira, dia 12 de abril, em São Paulo, se queixando de emagrecimento súbito e alterações gastrointestinais.
Após ser submetida a uma série de exames, sem que seu quadro de saúde fosse divulgado ao público, foi identificar que a sertaneja estava com anemia e tuberculose ganglionar, um tipo de tuberculose que acontece fora dos pulmões.
Simaria teve alta após seis dias de internação e passa bem, conforme a nota do hospital. Ela deverá continuar seu tratamento em casa sob o acompanhamento médico e ficará ausente dos seus compromissos profissionais por, no mínimo, 30 dias.

▬ O que é tuberculose ganglionar

Existem dois tipos de tuberculose, a pulmonar (mais comum) e a extrapulmonar, que ocorre quando a infecção acomete outros órgãos que não o pulmão. A ganglionar, que Simaria teve, é uma deste tipo e acomete os gânglios linfáticos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a tuberculose pulmonar é um grave problema de saúde pública ocasionando 70 mil casos novos e cerca de 4,5 mil mortes todos os anos no Brasil. Sua transmissão ocorre através das vias aéreas. Ao falar, espirrar e principalmente tossir, a pessoa com tuberculose lança ao ar partículas em forma de aerossóis que contêm os bacilos da doença que podem contaminar outras pessoas ou mesmo migrar para outros órgãos, agravando o estado de saúde do paciente.
Já a tuberculose extrapulmonar geralmente não é contagiosa e possui características distintas. A principal é que não produz os sintomas clássicos da tuberculose, como tosse ou febre alta.
No entanto, ambas necessitam tratamento rápido e agressivo, já que são potencialmente fatais.

▬ Diagnóstico é difícil

Diferentemente do que acontece com a tuberculose pulmonar, não há um teste específico capaz de identificar o problema. Segundo um informe da Universidade Yale e do hospital Saint Raphael, ambos nos Estados Unidos, isso exige dos médicos um nível de conhecimento maior sobre a vida dos seus pacientes, uma vez que será necessário investigar e identificar a doença sem o auxílio de um exame comprobatório.
Além do mais, outra dificuldade de diagnosticar a tuberculose ganglionar está relaciona à similaridade dos sintomas com outras condições comuns, o que pode causar atraso na confirmação do diagnóstico e tratamento.
Outra questão, ressaltada pelo Departamento de Medicina Interna do Centro Médico Nacional de Seul, na Coreia do Sul, é o alto risco de um resultado falso-negativo nos exames de sangue, o que atrasa ainda mais o diagnóstico, já que é necessária a refação do teste.

▬ Imunidade baixa é um fator de risco

A infecção está bastante relacionada à imunidade baixa e, por isso, é frequente em pacientes com HIV/AIDS.
O grupo de risco, entretanto, é maior. De acordo com Yale, pessoas com pouca idade, mulheres e indivíduos de origem asiática e africana também correm maior risco de adquirir a forma extrapulmonar da doença.

▬ Sintomas

Além dos sinais identificados por Simaria, o paciente com esta doença pode notar inchaço em local específico do corpo, fortes dores de cabeça, mobilidade reduzida e até confusão mental, dependendo do órgão atingido pela tuberculose.

▬ Tratamento

Apesar de assustar, a tuberculose tem cura e tratamento que dura no mínimo seis meses e é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
É necessário obedecer aos princípios básicos da terapia medicamentosa que consistem na ingestão diária dos medicamentos da tuberculose sob a supervisão de um profissional da equipe de saúde.
Já nas primeiras semanas, o paciente se sente muito melhor e, por isso, ele precisa da orientação médica de que o tratamento deve ser realizado até o final independente da amenização dos sintomas.

MSN