Pela primeira vez, o governo argentino reconheceu que os 44 tripulantes do submarino ARA San Juan, que desapareceu no dia 15 de novembro, "estão todos mortos".
Segundo o ministro da Defesa do país, Oscar Aguad, disse em uma entrevista à TV "Todo Noticias" que a missão de busca e resgate, encerrada na última quinta-feira (29), "é iniciada quando há desaparecidos no mar e é encerrada quando todos foram salvos ou não há mais condições para que a vida exista".
De acordo com uma nota da Marinha, recebida pelo governo, as condições ambientais e o tempo que já passou desde o desaparecimento "são incompatíveis com a existência humana".
"Então estão todos mortos?", questionou o apresentador do jornal, "Exatamente", respondeu Aguad.
No entanto, o ministro afirmou que o presidente do país, Mauricio Macri, ordenou a manutenção da busca pelo equipamento por "esse ser um compromisso que assumimos com as famílias".
"As normas internacionais impõem esses limites. Não podemos continuar a procurar a vida de maneira indefinida quando não há mais condições dela existir", acrescentou.
Aguad também foi questionado sobre a manutenção do ARA San Juan, que teria "passado com sucesso por todos os controles" e estava em "condições perfeitas para navegar".
O submarino desapareceu, sem deixar rastros, após cumprir uma missão na Patagônia. No último comunicado, os tripulantes relataram um "princípio de incêndio" em parte das baterias. Um estudo norte-americano detectou que, na área do sumiço, houve um evento similar a uma explosão.
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