Foram quatro meses observando os corredores e leitos até a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Santa Helena, em São Paulo, mensurar os efeitos da troca do álcool em spray pela versão em gel. Dentro e fora do ambiente hospitalar, lançar mão desses produtos é importante na prevenção da resistência bacteriana e da transmissão cruzada de micro-organismos nocivos.
Entre dezembro de 2016 e março deste ano, a substituição alavancou a aderência geral ao álcool para 62,2%, sendo que todas as categorias analisadas apresentaram resultados positivos. Destacam-se os enfermeiros (de 56 para 68%), auxiliares técnicos e de enfermagem (de 60% para 69%) e médicos (de 55 para 69%).
Na UTI, especificamente, a prática cresceu 10% entre enfermeiros e auxiliares técnicos e de enfermagem, 14% entre os médicos e 16% entre os fisioterapeutas. Aliás, a utilização diária desse bactericida saltou de 24,5 para 67,3 mililitros por paciente.
O segredo por trás desses números, segundo os autores da pesquisa, seria o fato de que o álcool em gel tende a ser mais prático e econômico – um acionamento do dispensador é suficiente para limpar as duas mãos. Em spray, por outro lado, são necessárias de três a cinco borrifadas. Os experts ressaltam ainda que o tipo gel resseca menos a pele por ter agentes hidratantes em sua composição.
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