A relação entre Igor Kannário e o seu Partido Humanista da Solidariedade (PHS) pode estar com os dias contados. Conforme adiantado nesta quarta-feira (31) pela Coluna Satélite, na cúpula do PHS da Bahia, é dada como certa a expulsão do vereador. Ainda de acordo com a coluna, o partido quer se dissociar das polêmicas do cantor, além de haver pressão de representantes dos policiais. O veredito deve sair até sexta-feira (2).
Kannário protagonizou uma discussão com a soldado da Polícia Militar Tainá Gomes, em plena micareta de Feira de Santana e, agora, vai ser investigado pela Polícia Civil. De acordo com o coordenador geral, delegado João Rodrigo Uzzum, o Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL) oficializou o pedido de investigação para apurar os fatos.
"Recebemos a denúncia por parte da Polícia Militar e estamos na fase inicial, ouvindo as testemunhas. Recebi um CD e vamos analisar o conteúdo do que foi dito por ele (Kannário). É possível, sim, que ele seja chamado para depor posteriormente", explicou o delegado, acrescentando que ainda não há uma data para que o cantor e a PM compareçam à delegacia.
A soldado usou uma rede social para desabafar. Ela relatou como foi a situação na sua perspectiva e afirmou que precisou utilizar a força por conta de "uma desordem" no meio da festa. Kannário acusou a PM de uso excessivo da violência e a desafiou. "Você é só uma PFem. Eu sou mais autoridade do que você. Eu sou vereador. Me respeite, me respeite! Procure seu lugar", disse ele. "Ela tá mandando eu tomar no meu c*. É uma policial mandando eu tomar no c*? Ela tem que me respeitar, pô".
A Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) criticou por meio de nota a conduta do cantor e vereador e afirmou que vai tomar providências judiciais. "A SSP entende que levantar e instigar uma disputa de poderes em um evento público, inclusive desqualificando a centenária e respeitosa Polícia Militar não são condutas esperadas de um artista e membro do legislativo. Ressalta ainda que o fato está sendo avaliado e que, caso se configure desacato, a SSP tomará as providências judiciais cabíveis", diz a nota.
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