Após rejeitar a proposta da Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 7%, os bancários de todo país
decidiram continuar em greve. Em Juazeiro, cerca de 12 agências bancárias estão
com as atividades paralisadas desde 6 de setembro.
De acordo com o presidente do
Sindicato de Juazeiro, Maribaldes da Silva a proposta feita pela Fenaban ainda
é insuficiente. “Queremos um reajuste em valores reais, estamos cansados com a
pressão dos bancos e as metas abusivas. Vamos continuar lutando por melhores
condições em nosso ambiente de trabalho. O que eles estão oferecendo é muito
abaixo do que pedimos, é uma desvalorização ao trabalhador”, enfatizou.
O representante da categoria disse
ainda que população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para
realizar transações financeiras. “Durante esse período nossa orientação é que a
população de Juazeiro e região procurem caixas eletrônicos para agendamento e
pagamento de contas, saques, depósitos, emissão de folhas de cheques,
transferências e saques de benefícios sociais, além da internet”, explicou.
Segundo o sindicato, as negociações
devem continuar. Uma nova rodada de negociação está marcada para esta
terça-feira (13), às 14h, em São Paulo.
▬ REIVINDICAÇÕES
A categoria havia rejeitado a primeira
proposta da Fenaban - de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os
auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta
seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos
auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil. Os
sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma
perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da
inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial - no
valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de
três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores
condições de trabalho.
Ascom/SEEB