O chefe da Polícia Civil (PC) de Pernambuco, o delegado especial Antônio Barros e o secretário-executivo de Defesa Social, Rodrigo Bastos, participaram, nesta quinta-feira (14), de uma coletiva de imprensa, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Eles falaram sobre o andamento das investigações do assassinato da menina Beatriz Angelica Mota. A criança foi morta a facadas durante uma festa de formatura, no dia 10 de dezembro, no colégio Nossa Senhora Auxiliadora.
O encontro aconteceu no colégio da Polícia Militar e contou ainda com a participação do delegado da 26ª Delegacia Seccional de Petrolina, Marceone Ferreira, responsável pelo caso, além da delegada de homicídios, Sara Machado e do perito criminal da Gerência Geral de Polícia Científica, José César Ferreira.
Durante a coletiva, o secretário Rodrigo Bastos disse que as investigações estão adiantadas. “Nos reunimos com o delegado Marceone e a equipe para discutir alguns aspectos da investigação. Foi um crime brutal e merece uma resposta. A equipe de Petrolina tem recebido o apoio de Recife, especialmente da polícia científica para as perícias” relatou.
Rodrigo Bastos |
Apesar de afirmar que a investigação está avançada, Bastos não disse em quanto tempo a equipe pode solucionar o crime. “A investigação ainda não está concluída. Mas está muito bem encaminhada e ainda não podemos falar em prazo para finalização, porque cada investigação tem seu tempo de maturação. E, essa não é uma investigação simples, mas estamos avançando e estamos confiantes de que em breve teremos mais notícias conclusivas”, destacou o secretário.
O chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, enfatizou que o crime não é de simples resolução. “É importante frisar que hoje temos três delegados atuando neste caso. A coordenação dos trabalhos compete a Marceone, mas a delegada Sara Machado e o delegado Magno Neves continuam apoiando as investigações. É uma questão até de honra o esclarecimento”, disse. O delegado pediu também a compreensão da população por se tratar de uma investigação compartimentada e que requer sigilo. “É um trabalho que envolve uma grande equipe e o empenho que tenho solicitado é total. Já foram 59 pessoas ouvidas e 42 perícias. Exitem várias vertentes, mas a gente acredita na solução. Acompanhamos o trabalho da investigação in loco e constatamos que está sendo muito bem trabalhada e encaminhada pelos investigadores. Está sendo trabalhado com foco e com responsabilidade, dando a atenção que a situação necessita”, destacou Antônio.
Chefe da Polícia Civil, Antônio Barros |
Sobre a possibilidade do caso ser arquivado, o delegado falou que não existe possibilidade legal para que isso aconteça. “Não é da nossa competência. Não cabe a polícia arquivar. Há uma determinação especial para que a gente tenha o resultado da investigação. A gente não tem como dizer agora se o caso vai terminar em uma semana, um mês ou em alguns meses.
Bastos disse ainda que as manifestações realizadas pela população não atrapalham o trabalho da polícia. “Não atrapalha e a gente entende o clamor da sociedade. A polícia também faz parte da sociedade. O crime chocou também a polícia e as pessoas que estão envolvidas.
Apesar do sigilo, o delegado disse que a polícia está próximo de chegar a um resultado. “As linhas estão estreitando mais. Em algumas situações mais implicáveis você abre muito o leque e tenta enxergar qualquer alternativa, nada é descartado e aos poucos vai estreitando e focando essa investigação. E ela está chegando ao resultado, obviamente evoluindo. Mas para que se tenha um bom resultado, precisamos dessa compartimentação total”, disse.
Fonte: G1 - Petrolina
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