O presidente da Assembleia Nacional Venezuela, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino do país por não reconhecer a reeleição do chavista Nicolás Maduro.

Guaidó valeu-se do artigo 233 da Constituição que assegura poderem existir "falhas absolutas do presidente da República". A Assembleia Nacional vê "abandono de cargo" no mandato de Maduro, por acreditar que o presidente não cumpriu deveres constitucionais desde 2017.

Após o pronunciamento de Guaidó -- feito durante protestos massivos que se espalharam pela capital, Caracas, e outras cidades -- países e organizações se posicionaram sobre a questão.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, foi o primeiro a se manifestar, reconhecendo Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. "Os cidadãos da Venezuela já sofreram por muito tempo nas mãos do regime ilegítimo de Maduro. Hoje, eu reconheço oficialmente O Presidente da Assembleia Nacional Venezuelana, Juan Guaidó, como Presidente Interino da Venezuela", escreveu o republicano em seu Twitter.

Por meio do Itamaraty, Jair Bolsonaro manifestou-se pouco depois de Trump, também reconhecendo Guaidó como presidente do país.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, manifestou-se em apoio a Guaidó em seu Twitter: "Quero expressar meu apoio à decisão do Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecendo-o como Presidente encarregado deste país".

O México, seguindo a decisão previamente demonstrada no Grupo de Lima, continuou a reconhecer Nicolás Maduro como presidente legítimo da Venezuela. "O governo mexicano analisa a situação na Venezuela. Até o momento não há nenhuma mudança em suas relações diplomáticas com esse país, nem com o seu governo", escreveu o porta-voz da Presidência Mexicana, Jesús Ramírez.

A União Europeia, embora não tenha feito declaração mais contundente a respeito da situação, disse acompanhar os acontecimentos na Venezuela "muito de perto". Por ser necessária a coordenação entre os 28 países membros, a reação europeia costuma ser mais lenta.

Miguel Díaz-Canel, o atual presidente cubano, embora não tenha se manifestado diretamente sobre o caso, postou em seu Twitter, algumas horas antes da declaração de Guaidó, uma imagem de Fidel Castro e Hugo Chávez, escrevendo ver como necessária uma aproximação entre os dois países. "Se quisermos salvar a revolução de Cuba, a revolução da Venezuela e a revolução de todos os países do nosso continente, precisamos nos aproximarmos e nos apoiarmos solidamente, porque sozinhos e divididos nós falharemos".

Veja como os países se posicionaram sobre a questão.

▬ Países que reconheceram Guaidó:

1. Estados Unidos 
2. Brasil  
3. Canadá 
4. Paraguai 
5. Argentina 
6. Colômbia 
7. Peru 
8. Equador 
9. Costa Rica 
10. Chile 
11. Guatemala

▬ Países que manifestaram apoio a Maduro:

1. Bolívia 
2. México 
3. Rússia 
4. Cuba


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