O PT entrou com um mandado de segurança no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), nessa quarta-feira (8), insistindo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso, participe do debate da Band.
O debate é o primeiro entre os candidatos à Presidência nas eleições 2018 e será realizado nesta quinta-feira (9).
O partido pede autorização para que Lula participe do debate "presencialmente", de preferência. Se não for possível, pede que a participação ocorra "por meio de videoconferência".
Como última opção, sugere que Lula participe do debate "por meio de vídeos previamente gravados no âmbito da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba", onde o ex-presidente está preso.
Na última segunda (6), um pedido do PT foi negado no TRF-4 pela juíza federal Bianca Georgia Cruz Arenhart, que substituía o desembargador João Pedro Gebran Neto. Na decisão, a magistrada afirmou que não caberia ao partido entrar com a ação, mas apenas a Lula e seus advogados.
"Assim, equivoca-se a decisão, uma vez que os requerimentos formulados não são diretamente relacionados à execução da pena imposta ao ex-Presidente Lula, apesar de haverem sido impulsionados pela ordem de prisão, em si. Isso porque o ex-Presidente é o candidato do Partido dos Trabalhadores ao cargo de Presidente da República, para o pleito eleitoral deste ano", diz o mandado de segurança.
"Ao candidato desta agremiação devem lhe ser afiançados os mesmos direitos assegurados aos demais representantes dos partidos na disputa eleitoral, tais como conceder entrevistas e participar de debates", continua o texto.

▬ Debate paralelo

Se Lula for impedido de participar do debate, o PT quer que a Band mantenha no estúdio o púlpito que seria destinado ao ex-presidente, vazio.
O partido também planeja fazer um "debate" paralelo com transmissão pela internet no mesmo horário, no qual as perguntas feitas aos candidatos nos estúdios da Band seriam respondidas por Fernando Haddad (PT), vice na chapa do PT até que Manuela D'Ávila (PCdoB) assuma como vice de fato.

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