Dos 55 deputados federais alvo de inquéritos e ações penais na Operação Lava Jato, 50 (o equivalente a 91% do total) vão disputar as eleições deste ano, de acordo com levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A maior parte dos parlamentares (42) disse que disputará a reeleição; 4 pretendem concorrer a uma vaga no Senado; 2 a governos estaduais; 1 ao Legislativo estadual e 1 à Presidência da República. 3 deputados não responderam ou estão indecisos, enquanto apenas 2 disseram que não vão ser candidatos.
Se eleitos para o Congresso, eles mantêm foro privilegiado para serem investigados e julgados em casos que tramitam no Supremo Tribunal Federal. Com o novo entendimento firmado pelo STF, no entanto, o foro para parlamentares federais só vale para crimes praticados no mandato e em função do exercício do cargo. Crimes comuns ocorridos antes de assumirem seus cargos ou sem ligação com os mandatos podem ser julgados por tribunais de primeira instância.
▬ PARTIDOS 
Dos 50 deputados que pretendem disputar algum cargo neste ano, 12 são filiados ao PP e outros 12 ao PT. Na sequência, aparecem 6 do PSDB e 4 do DEM.
Com planos de concorrer à sucessão no Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM- RJ), é alvo de três inquéritos no Supremo sobre supostos repasses de empreiteiras ao parlamentar. Os casos foram abertos com base em depoimentos de colaboradores das empreiteiras Odebrecht e OAS. 
Por meio de sua assessoria, Maia afirmou "que tem prestado todos os esclarecimentos necessários" e reiterou "que confia na Justiça". Em entrevista ao Estado publicada no domingo (13), questionado sobre a Lava Jato, o presidente da Câmara disse que é preciso "discutir não apenas a punição, mas também as condições para ter um Estado no qual os sistemas de controle sejam mais rígidos". 

Correio