Ao conversar com dois ilustres cidadãos advogados de Juazeiro, parte de uma expressão usada por um deles me fez avançar no processo de reflexão: “Eu não entendo de política...”!... Sabe-se que Política é a palavra que expressa o nome da Ciência mais profunda – a “Ciência Política” é a mãe de todas as outras (...). Muita gente já sabe disso!

Na sociedade hegemonizada pela ideologia capitalista (direitista) como a do Brasil e em fase ainda muito conservadora, se pode observar duas coisas entrelaçadas ofensivas à Ciência Política: 1 evitar  a política no Método de Ensino Educacional para não engrandecer o processo de aprendizado e limitar o querer social coletivo; e 2 proliferar uma falsa difamação contra à política para afastar pessoas humildes e de bem do processo político, para que elas não dessem a sua melhor contribuição política ao processo de desenvolvimento sustentável. Não precisa ser cientista político para observar que se as mulheres e os homens direitos/as, afastadas/os da política tivessem dado a sua contribuição participando do processo natural, às circunstâncias da política e a realidade do país, seria, hoje, bem melhor.

O exemplo do ilustre advogado vale para a sua categoria, médicos, professores, arquitetos, agrônomos, assistentes sociais e todas as outras classes de formação superior, com exceção, de quem se interessou em estudar política fora da sala de aula. Como é que se explica, um ser humano com formação de “alto nível”, sem ter aprendido, basicamente, sobre à “Ciência Política”? Claro que há uma estratégia maldosa por parte de quem criou o Estado e seu respectivo “Sistema de Organização Social e Política” e o orientou como modo de vida de um povo que, na visão dos ‘poderosos’, precisava serem “formatados”, mesmo que em maioria, para servi-los!

É lógica e valiosa a reflexão e discussão sobre a importância, a boniteza e expressividade da política institucional, exemplificando à política de federalização constitucional – definindo a União (Governo Federal), os Estados e Distrito Federal, os Municípios, à política de arrecadação de impostos e respectiva divisão,  os projetos das peças orçamentária e de planejamento do orçamento público, respectivos princípios (...) que norteiam à administração pública, o resultado social advindo dos serviços públicos bem prestados, promovem uma ‘paz social’, que faz um bem enorme para a população.

Portanto, a simplicidade, humildade e positividade do jovem advogado destacado, diferencia dos que movidos pela manipulação sistêmica, o analfabetismo político, militam contrariando aos próprios interesses, inclusive demostrando serem capazes de inventar qualquer conversa para acusar, e/ou defender, a quem lhes interessar.

Observo e tenho afirmado que a política em si, não tem, nem oferece qualquer defeito!... Quem acrescenta coisas erradas na política é a natureza humana vitimada e formatada pela pelo sistema pai da desonestidade, do mal caráter, da maldade, do peculato e todas as irregularidades e atrocidades já vistas no cotidiano do Brasil.

A formação política é o principal ‘componente’ para sensibilizar, conscientizar e ajudar construir uma sociedade bem mais desenvolvida, com: serviços públicos eficientes; sem qualquer tipo de violência e nenhum outro problema social!... Uma sociedade civilizada e abundante se constrói em ‘muito tempo’ e com políticas públicas adequadas – os países com essa condição (...) são exemplos disso. Nosso maior gargalo foi o início equivocado da criação do Estado Brasileiro, com uma visão egocêntrica, concepção elitizada e corporativa burguesa!


Por: Laurenço Aguiar do Nascimento