No mês de junho de 2016, o Ministério Público em Pernambuco anunciou a criação de uma “Força Tarefa”, para investigar o assassinato da menina Beatriz Mota, 7 anos, ocorrido no dia 10 de dezembro de 2015 no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina.
A portaria do MPPE designava um grupo de trabalho formado por cinco promotores de Justiça para atuar no caso, sob a coordenação do promotor Carlan Carlo da Silva. A decisão de formar o grupo foi tomada pelo então procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra de Holanda, e o grupo foi apresentado em coletiva à imprensa regional.
No decorrer do tempo, permaneceram no grupo os promotores Rosane Moreira Cavalcanti, Júlio César Soares Lira, Lauriney Reis Lopes e Bruno de Brito Velga, já que os demais foram removidos para outras funções.
Um ano e cinco meses após a criação da Força Tarefa e sem conseguir avançar nas investigações, os três promotores pediram dispensa do grupo. Eles estavam acumulando funções, inclusive em outros municípios da região, em decorrência de remoções da carreira.

No último dia 21, o MPPE, através do atual Procurador Geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros,  designou, em portaria, dois novos promotores para atuar no caso. Os promotores Fernando Latta Camargo e Érico de Oliveira Santos,  passam a compor a chamada “Força Tarefa” do MP para investigar o caso Beatriz e Bruno de Brito Velga permanece no grupo.
Resta saber se a mudança foi apenas de nomes ou se o Ministério Público garantirá estrutura para que o grupo possa atuar mais efetivamente. O que já se sabe é que os novos promotores terão outras atribuições. Nenhum deles trabalhará exclusivamente no caso.
Lucinha Mota, mãe de Beatriz, falou sobre o novo grupo de trabalho. “Quando a Força Tarefa foi formada e anunciada, nós ficamos bastante confiantes de que haveria um avanço nas investigações, o que não aconteceu. Não faltou empenho por parte de alguns promotores e aqui quero destacar o trabalho da Promotora Rosane Cavalcanti, mas faltou estrutura para que o grupo trabalhasse. Não adianta trocar nomes, se não oferecer estrutura, tempo e condições de trabalho para que eles atuem. De qualquer forma, estaremos atentos, acompanhado e cobrando trabalho do novo grupo. Que não seja mais um engodo, é o que esperamos”, declarou Lucinha Mota.
Na manhã de segunda-feira (27), outra uma novidade no caso foi anunciada. O Secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, declarou que a delegada Poliana Nery vai assumir de forma exclusiva as investigações do crime. A Delegada Gleide Ângelo, que presidia as investigações “à distância”, deixa o caso.

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