Durante coletiva de imprensa realizada nesta tarde, no Recife/PE, a mãe da menina Beatriz Angélica, Lucinha Mota, revelou os nomes de funcionários do Colégio Maria Auxiliadora, que segundo ela, estariam envolvidos no crime.
De acordo com Lucinha, imagens do suposto assassino da criança foram apagadas do computador de gerenciamentos de imagem do colégio e posteriormente recuperadas pela polícia. Na coletiva, a mãe de Beatriz diz que quem apagou as imagens é um funcionário de prenome Alisson, que seria casado com uma policial civil, que atua na mesma delegacia em o crime está sendo investigado.
Lucinha Mota também citou que a funcionária de prenome Lorailde também era responsável por monitorar as câmeras do colégio e consequentemente também pode ter apagado as imagens.
A Polícia nos informou que está realizando algumas perícias e que diante dos resultados vão tomar as providências”, declarou Lucinha.
A mãe de Beatriz também citou ainda, os nomes de outros funcionários que estariam envolvidos no crime. Segundo ela, funcionários de prenomes Júnior e Brendo, impediram o acesso de algumas pessoas à área do bebedouro, local onde Beatriz foi supostamente capturada, no dia do crime. “Ao serem questionados na época do crime pela polícia, esses funcionários disseram que a freira Fátima determinou que aquele local não tivesse movimentação”, informou Lucinha.
Ela também citou o administrador do Colégio, Carlos André, que teria comprado cerâmicas para a reforma da sala de balé, que aconteceu pouco tempo após o crime, mesmo sem a polícia saber o local exato em que a menina foi assassinada. “Eu entendo como se alguém tivesse feito uma arapuca para pegar alguém. Infelizmente quem foi a vítima foi a minha filha. Beatriz é a única vítima nessa história”, desabafou Lucinha.

Na coletiva, a mãe de Beatriz também falou sobre a reunião que teve no início da tarde, com o atual Secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, com o Chefe da Polícia Civil do estado, Joselito Kherle do Amaral e com a delegada responsável pelas investigações do caso, Gleide Ângelo. Alguns integrantes do movimento Beatriz Clama por Justiça e o advogado da família da menina, Jaime Badeka Filho, também participam da reunião.
De acordo com Lucinha, o pedido de acesso ao inquérito do caso, que corre em segredo de justiça, enviado em agosto deste ano, foi negado. O advogado da família vai entrar com recurso.
As autoridades garantiram que a Policia Civil de Pernambuco vai contar com o apoio da Policia Federal nas investigações do crime.
Lucinha Mota que estava em greve de fome, finalmente saiu do jejum após ser recebida e ouvida pelas autoridades. “Eu só vou poder dizer se a gente ficou satisfeito ou não, a partir do momento em que for cumprido o que foi prometido”, disse Lucinha.

Blog Preto no Branco
Imagem: Arquivo BLR