Há um pouco menos de um ano para às próximas eleições de presidente, senador, governador, deputado federal, deputado estadual e deputado distrital se pode ver que um certo quadro, tanto quanto previsível, norteia o senário político eleitoral brasileiro. A “mine” reforma política aprovada não altera muita coisa para melhor. Quem tem poder de alterar o conteúdo das leis, que regem o atual Sistema Eleitoral, (deputados federais e senadores da República), em maioria, não demonstram interesse de muda-las, pois, sempre foram eleitos nesse “engodo”,  criticado e falido.

Não devemos ter dúvida: a maior força eleitoral para eleição dos cargos parlamentares,  será infelizmente, do poder econômico (da grana) - o que mantem-se uma relação depravada entre candidatos que compram cabos eleitorais para facilitar a compra de votos e a grande parte do eleitorado que movida pela carência social, ou não, acha necessário e legal vender seu voto; para os cargos executivos eletivos a “regra” é similar – os paridos mais fisiológicos farão maioria dos governadores de políticos filiados, principalmente, ao PMDB, PSDB, DEM e por aí vai; a disputa do cargo de presidente da República, principalmente havendo segundo turno, deverá ser entre uma candidatura liderada pelo PT, contra outra de um dos grandes partidos da direita (PMDB, PSDB, DEM) – ou Jair Bolsonaro (RJ) do PEN (Partido Ecológico Nacional).

Pesquisas futuras mostrará como ficará à acomodação de tendência eleitoral entre Bolsonaro e da pré-candidatura do PSDB a ser definida. Vejo que parte do eleitorado de Aécio Neves/PSDB migrou para Bolsonaro pela semelhança de perfil ideológico e a dificuldade de crescimento nas pesquisas dos nomes conhecidos do PSDB (Alkmin, Serra, João Dórea, Tássio Jereissati). O PMDB que há mais de duas décadas não apresenta candidatura própria e mesmo como maior partido político, vive a sua pior crise de identidade e o seu presidente Michel Temer é alvo das mais graves denúncias da história da República. A candidatura do PT, Lula vive incertezas, porém com ou sem ele o seu partido irá forte para a disputa pela sua capacidade organizativa e militância voluntária expressiva – mesmo se queixando de perseguição judiciária/midiática/política/parlamentar, o seu nome vem liderando em todas as pesquisas de intenção de voto.

A campanha em defesa do “voto nulo” para atingir mais da metade dos votantes e assim provocar outra eleição com troca dos candidatos, não tem a menor chance a alcançar êxito: o poder econômico; o voto consciente por ideologia da esquerda e da direita; os que por supostos motivos se abstêm de votar e vota em branco, representará a maioria absoluta do eleitorado!... Com certeza seria mais prático e útil trabalhar a conscientização do voto – como faz as boas campanhas do TSE. Trocar de nome de candidato, apenas por trocar, nunca foi, não é e nem será solução para se eleger bons políticos – sérios e comprometidos com as políticas públicas e a justiça social!

É possível imaginar quem terá mais e melhores argumentos para convencer a maioria do eleitorado: quem pode acusar?; que pode mostrar o que fez?; que tem interesse de ideologizar a discussão?; quem goza de maior credibilidade perante a população?. No momento que antecede à Eleição, o Brasil vive uma “Luta de Classe” sem arma de fogo, as representações políticas das elites econômicas investem pesado para cortar Benefícios Sociais, Direitos Trabalhistas (...), defender corruptos e as representações da classe trabalhadora vem combatendo a ofensiva capitalista selvagem, porém, muita gente não ver nem entende disso por força de intenso processo de manipulação da sociedade.

Se a Eleição de 2014 foi tida por especialistas como das Redes Sociais e dos Blogs, que superaram a manipulação da grande mídia, imaginemos a de 2018 onde o acesso a esses importantíssimos e poderosíssimos mecanismos da comunicação popular estão maiores!... Que as dificuldades conservadoras supostas para às Eleições de 2018, não evite que o país possa restabelecer o seu processo democrático – que já se tinha importantes avanços, e mostre por parte do eleitorado, disposição para qualificar o voto, como forma de combate à corrupção e valorizar o processo de desenvolvimento com crescimento econômico e inclusão social!


Laurenço Aguiar – Contribuinte Voluntário dos Blogs