No último final de semana aconteceu, em Salvador, na sala de dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia, a curadoria do Festival Edésio Santos da Canção, que classificou as 24 músicas concorrentes do festival que irá acontecer de 30 de novembro a 02 de dezembro, uma realização da Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes.

As 24 músicas classificadas foram publicadas no Diário Oficial deste dia 27 de setembro, e estarão disponíveis na secretaria e no site da Prefeitura. “Agora vamos preparar o Festival e organizar os ensaios com a banda base. Algumas pessoas ainda questionam o porquê da curadoria acontecer fora de Juazeiro, mas é que já houve a experiência de ser em Juazeiro e o resultado não foi bom, havia preferências nas escolhas, resultados eram vazados. Fazendo em outro local prezamos pela isonomia, de forma idônea, inclusive com curadores que já fazem esse trabalho constantemente”, afirma o Gerente de Cultura Ramon Raniere. 

A curadoria foi composta por Eduardo Sepúlveda, vocalista da banda Diamba; pelo produtor e programador musical, Nairo Elo, além do produtor musical Luciano Rocha. Durante um dia inteiro eles ouviram as músicas e deram suas notas. “Havia muita coisa boa, mas também senti falta de criatividade em arranjos, tudo muito formatado. Percebo que faltou inovação, ousadia para um Festival, arranjos muito em cima de fórmulas já existentes”, atenta Nairo Elo.

Para o produtor musical Luciano Rocha, o fato do Festival Edésio Santos ser realizado em uma cidade que é considerada Capital da Bossa Nova causa muita expectativa. “Em uma cidade que tem filhos ilustres como João Gilberto, Ivete Sangalo e Luis Galvão, o festival acaba causando expectativa grande e deixa um legado para as pessoas que moram em Juazeiro e para as pessoas que participam do evento. A Prefeitura está de parabéns por dar continuidade ao festival”, disse.

Para quem não foi classificado, o conselho é tentar novamente. Acredito que às vezes a gente participa de um festival achando que aquilo que a gente fez é a melhor coisa do mundo, acha que a curadoria não valorizou direito as canções, mas nós fomos bem criteriosos, a gente ouviu as canções uma a uma. Outra coisa, as pessoas mandam as músicas sem se importar em fazer um arranjo, só com a voz e o violão. Tem que tentar nos trazer a música como se ela estivesse sendo gravada já para seu disco, para chegar com mais força”, conclui o Duda da Diamba.

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Ascom