Decretada várias vezes por quem detesta a emissora, a decadência da Globo parece longe de se concretizar. O canal da família Marinho está revigorado após uma fase de turbulência no Ibope que ofuscou as festividades de seus 50 anos, em 2015.

Seu telejornalismo é favorecido por uma fonte inesgotável de notícias a respeito de escândalos de corrupção, economia capenga e violência urbana – temas infalíveis para atrair a atenção do telespectador.

Com isso, todos os telejornais cresceram em audiência este ano. Destaque para o ‘Jornal Nacional’: 29 pontos de média entre janeiro e julho.

Recuperação surpreendente de um produto que, há apenas três anos, amargou um de seus menores índices de todos os tempos – 18 pontos – numa edição considerada catastrófica.

A boa performance da Globo começa com o ‘Hora Um’: 6 pontos às 5 horas da manhã. O ‘Bom Dia Brasil’ está com 11 de média no ano.

Na região metropolitana de São Paulo, o ‘SP2’, às 19h10, atinge frequentemente 30 pontos. O ‘Jornal da Globo’, mesmo com imprevisível horário de início, consegue manter 10 de média.

Todas as faixas de novelas – do ‘Vale a Pena Ver de Novo’ com ‘Senhora do Destino’ ao folhetim principal do horário nobre, ‘A Força do Querer’ – apresentam audiência superior às atrações antecessoras.

O entretenimento também atravessa período fértil no Ibope. O ‘Mais Você’, de Ana Maria Braga, e o ‘Encontro’, de Fátima Bernardes, estão com público fiel e fila de anunciantes à espera de espaço.

O mesmo acontece com os semanais. O ‘Domingão’ e o ‘Caldeirão’, por exemplo, têm números positivos na aferição de audiência e garantem ótimo faturamento ao canal.

Os programas de esportes e as transmissões de grandes eventos da área permanecem em alta, para alegria de Galvão Bueno e demais estrelas da narração esportiva.

A briga de SBT, Record e RedeTV! com algumas das principais operadoras de TV paga do País deu uma forcinha para a Globo nos últimos meses.

A suspensão do sinal dessas três emissoras levou milhares de assinantes a sintonizarem novamente a programação global. Resultado: o plim-plim ganhou ainda mais telespectadores.

Atacada por quem enxerga manipulação ideológica em seu telejornalismo e por aqueles que abominam o tom liberal de sua teledramaturgia, a Globo foi alvo de várias tentativas de boicote. Nenhuma funcionou.

E assim a emissora líder da televisão brasileira continua mais à frente do que nunca. Não é inatingível, mas, por enquanto, se mantém fora do alcance das concorrentes.

Os anti-Globo precisam rever a estratégia de ataque contra sua ‘inimiga’.


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