A Câmara de Combate à Corrupção da PGR (Procuradoria Geral da República) decidiu desarquivar uma investigação sobre um suposto pagamento de US$ 7 milhões da Portugal Telecom para o PT quitar dívidas de campanhas eleitorais. Com isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a ser investigado neste caso, que faz parte do mensalão.

O colegiado decidiu pelo "retorno dos autos à origem, para que seja designado outro membro para continuidade das investigações", conforme a portaria assinada pela procuradora-chefe. Após reunião da câmara em junho, a procuradora-chefe substituta da PRDF (Procuradoria da República no Distrito Federal), Ana Carolina Roman, designou um novo procurador da República para atuar no processo, que agora será conduzido por Ivan Marx.

A acusação inicial contra Lula foi feita pelo operador do Mensalão, Marcos Valério, e levou à abertura de um inquérito pela Polícia Federal em 2013. Valério acusou Lula e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci de terem negociado pessoalmente o repasse do dinheiro, num acerto dentro do Palácio do Planalto.

Mais de 20 pessoas já foram ouvidas pela PF no inquérito, entre elas Palocci e o ex-ministro José Dirceu. Na ocasião, os investigadores não encontraram indícios de supostos pagamentos. 


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