Um juiz em Londres decidiu que o bebê Charlie Gard será transferido para morrer em um hospital especializado, a não ser que a família do pequeno e a unidade de saúde onde ele está internado cheguem a um consenso sobre o plano que levará a sua morte, até o meio dia desta quinta-feira.


De acordo com o juiz Nicholas Francis, "é do melhor interesse de Charlie ser levado a um local próprio para morrer e, nesse momento, seguir um regime de cuidados paliativos". Francis disse ainda que o nome do local para onde Charlie for transferido não será divulgado.


Os pais do bebê britânico Charlie Gard decidiram que ele deverá morrer no hospital e não em casa, como desejavam anteriormente. Connie Yates, mãe de Charlie, retornou ao Tribunal Superior de Londres nesta quarta-feira para solicitar uma equipe médica mantenha seu filho vivo ao menos por uma semana, em vez de algumas horas. Connie quer também escolher o time que cuidará do bebê. Ela deixou o tribunal muito nervosa após o anúncio do magistrado sobre o prazo para seu filho morrer.


A escolha dos pais do bebê indica que eles não pretendem mais levá-lo para casa visando ter "alguns dias de tranquilidade", como haviam anunciado. O Great Ormond Street Hospital, onde o bebê está internado, disse que não havia possibilidade de transferir o equipamento de ventilação que mantém o menino vivo para a casa da família.


Depois de meses de batalha judicial, em que discutia-se a possibilidade de o bebê ir aos Estados Unidos para um tratamento experimental, os pais de Charlie desistiram do processo.



O Globo