Integrante da empresa de dança FitDance e ex-BBB Diogo Pretto foi acusado de homofobia e racismo na madrugada deste domingo (30) durante show no aniversário da Amsterdam Salvador que aconteceu no Alto do Andú e teve Gretchen como atração principal. A festa, que tinha o público LGBTQ+ como maioria dos presentes, foi surpreendida por declarações infelizes e carregadas de preconceito e homofobia. “Quando eu era pequeno eu era até meio VIADO, mas quando eu descobri o que viado fazia, eu deixei de ser viado (…) Eu posso falar dos viados, tenho muitos amigos meus que são, e não tenho preconceito posso falar sim”, afirmou Diogo antes de ser vaiado pelo público. No meio das vaias emendou frases de apoio à comunidade LGBT.

Em outro momento ele disse: “Como aqui e em todo lugar, tem que ter uma neguinha … que entre a nossa, ela acaba comigo na hora H. Faça como você faz lá em casa.. Ai que mexidinha gostosa (…) e agora essa branquinha, apenas por fora, pois tem alma negra”, afirmou o dançarino referindo-se à suas colegas de grupo incluindo sua namorada. O público, obviamente, voltou a vaiar o dançarino. A assessoria de imprensa dele pondera que nesse momento ele não foi vaiado.

Responsável pela festa, a Amsterdam Salvador enviou nota explicando que é aberta à diversidade, em todos os aspectos. “Não apoiamos ou sustentamos preconceitos e condenamos as posições de Diogo Preto. Ficamos tristes e frustrados que um momento que deveria ter sido só de alegria tenha gerado um desconforto na equipe e no público. Entramos em contato com o empresário da Fit Dance logo após a apresentação e deixamos claro nosso descontentamento com as declarações. Aguardamos uma posição do dançarino, reforçando nossa conduta contrária à homofobia e qualquer discriminação”, afirmou o clube que pertence ao grupo San Sebastian.

Em nota, Diogo argumentou que não é preconceituoso e que tudo não passou de ‘brincadeira’: “Quero esclarecer o mal entendido que aconteceu ontem no show. Como sempre, brinquei com o público. Como sempre, estava muito a vontade. E, em meio às brincadeiras, posso ter me expressado incorretamente e, por isso, mal interpretado por alguns. Em um momento do nosso espetáculo, realmente teve uma ameaça de vaia, mas, quando a frase foi concluída, quando perceberam que primeiro eu estava brincando e, logo em seguida, falei sério, houve aplausos. Como não teve resposta negativa do público no momento e todos continuaram interagindo com a gente maravilhosamente bem, imaginei que não tivesse ficado ruídos. Mas, vi que ficou e preciso deixar bem claro: NÃO SOU HOMOFÓBICO NEM RACISTA. Tenho vários amigos gays (inclusive levei alguns casais para a festa de ontem) e minha namorada é negra. Sempre fiz questão de defender a bandeira da igualdade onde quer que eu esteja. Não precisa me conhecer pessoalmente para saber isso. Basta uma breve passada por minhas redes sociais para constatar o que estou dizendo. Sou amigo de todos e luto, diariamente, contra o preconceito em todas as suas possibilidades. Deixo, então, aqui os meus sinceros pedidos de desculpas para aqueles que se sentiram ofendidos com a brincadeira. Não sou e nunca serei preconceituoso”.

O dançarino, através da sua assessoria de comunicação, enviou postagens já feitas em outros momentos anteriores onde ele prega a igualdade e o respeito.


Só uma dica, Diogo: vivemos num país onde a cada 25 horas um LGBT é morto por conta de preconceito e crimes de ódio. Não se pode brincar com isso. Orientação sexual é coisa séria e é preciso ter cuidados com as falas, principalmente quando se está num evento onde o público é o LGBT. Ter amigos gays não credencia ninguém a falar e/ou brincar com a sexualidade alheia! Reflita!


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