O amor é o que motiva Rubens Barrichello a continuar acelerando nas pistas do mundo. O paulista, que completou 45 anos no último dia 23 de maio, deixou claro que, enquanto continuar amando o que faz, vai seguir em atividade, seja na Stock Car, no kart ou então encarando novos desafios. Depois de disputar a rodada dupla deste fim de semana em Cascavel, o piloto não vai ter folga, ao contrário: vai seguir rumo à França para fazer a sua estreia na maior corrida de resistência do mundo: as 24 Horas de Le Mans, entre 17 e 18 de junho.

Mesmo em meio a uma categoria que atrai cada vez mais jovens como a Stock Car, Barrichello segue competitivo e forte, figurando sempre no rol dos mais rápidos. Em 2014, conquistou seu primeiro título na principal categoria do automobilismo nacional. No ano passado, travou um verdadeiro duelo de gerações contra o jovem Felipe Fraga e terminou como vice-campeão, com a temporada sendo definida apenas na última corrida de 2016, em Interlagos.

Em 2017, Barrichello garantiu a pole-position e venceu a corrida 1 da etapa de Santa Cruz do Sul, resultado que o colocou na sexta colocação da temporada, com 71 pontos — o líder é Thiago Camilo, com 96.

Nesta semana, o piloto da Full Time vai seguir rumo a Cascavel para a disputa da quarta etapa da temporada da Stock Car. Mas Barrichello tem vivido dias bem diferentes e intensos na sua longa carreira nas pistas. No último fim de semana, Rubens participou do Journée Test, o teste coletivo que antecedeu a 85ª edição das 24 Horas de Le Mans.

O piloto vai correr com o Dallara P217-Gibson da equipe holandesa Racing Team Nederland na classe LMP2 e terá como companheiros de equipe Jan Lammers e Fritz Vane Eerd. Por conta da sua condição de novato, Barrichello teve de completar um mínimo de dez voltas no circuito de 13,6 km de Sarthe para confirmar presença na prova.

Em entrevista à FIA, o piloto se mostrou animado com o novo desafio e, mais do que isso, reafirmou seu amor pelas corridas, indicando que deve continuar em atividade por muito tempo.

Eu assisto a corrida [em Le Mans] há muito tempo. O fato é que eu já fiz Mônaco e Indianápolis. Acho que Le Mans é algo importante a fazer também como parte da minha carreira. O mais importante é o fato de amar o que eu faço”, disse. “Quando corri na F1, após 19 anos, as pessoas me diziam: ‘Você tem de parar, já correu muito’. Mas vou parar quando achar que não amo mais pilotar”, complementou.

Estou correndo mais agora do que quando estava na F1 com a Stock Car e o kart, então ainda sou uma pessoa muito competitiva”, garantiu. Por isso, essa tentativa de fazer Le Mans é muito boa porque eu amo o que eu faço”, concluiu.


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