Sento-Sé, cidade localizada na borda do Rio São Francisco, sendo o terceiro maior município do estado em extensão territorial, com a maior área de caatinga preservada do planeta, é hoje uma gigante nacional na geração de energia sustentável.

A cidade tem todos os requisitos para ser desenvolvida tanto no aspecto social quanto no estrutural, com potencial gigantesco para o agronegócio e turismo. Entretanto, a cidade vive um verdadeiro estado de calamidade, uma crise econômica assola o município há anos, empresas fecharam as portas agravando o desemprego na cidade, a falta de oportunidade na cidade fez outro número crescer: o de pessoas que emigram para as cidades ciclo-vizinhas, o município não dispõe da estrutura básica para atender as necessidades da população.

Com todo esse potencial e esse vasto território fazendo divisa com dez municípios do Norte, a cidade é completamente isolada, tem apenas um acesso pela BA 210 que se encontra destruída há mais de uma década, esse foi um dos agravantes para perda comercial do município que, anos atrás, era considerado o maior produtor de cebola do norte-Nordeste e um grande exportador da fruticultura irrigada.

O governador do estado, Rui Costa, em uma de suas visitas eleitorais na cidade chegou a prometer um Aeroporto na cidade, que nem estrada para o escoamento da produção tem, o fato é que o governo petista ao longo de seus mandatos no estado governou visivelmente de encontro ao interesse da população do município, não apenas na negligencia evidente da BA, mas também na falta de políticas públicas voltadas para a região.

A BA 210 não acabou somente com o progresso da próspera cidade, acabou também com o sonho de pessoas que perderam suas vidas ao longo desses 12 anos de descaso com a população sento-seense, então, a cidade é carente de olhos de gestores que tenham compromisso com seu povo.


Por: Gabriel Pacheco Neto 
Natural de Sento-Sé e Estudante de Jornalismo na UNEB - Juazeiro