O pai da menina Beatriz Angélica, Sandro Romilton, divulgou uma carta na quarta-feira (21) onde afirma que o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, local onde aconteceu o crime, está tentando impedir na Justiça que a FanPage dos grupos na rede social divulguem o Caso Beatriz, alegando que está denegrindo a imagem da instituição.

▬ Veja a carta, na íntegra:

QUEREM NOS CALAR – O COLÉGIO AUXILIADORA TENTA IMPEDIR QUE FACEBOOK E PÁGINA OFICIAL DIVULGEM O CASO DE BEATRIZ.

Colégio Nossa Senhora Auxiliadora protocolou no dia 06 de dezembro de 2016 uma ação contra a rede social Facebook Serviços Online do Brasil.

O intuito dessa ação, que está em tramitação na 2ª Vara Cível da Comarca de Petrolina-PE (processo número 0016406-97.2016.8.17.1130), é pedir a remoção e/ou bloqueio do perfil: “BEATRIZ CLAMA POR JUSTIÇA” existente na rede social Facebook.

Segundo o advogado do colégio, Fabrício de Aguiar Marcula, as reiteradas publicações, bem como todos os compartilhamentos estão denegrindo a honra daquela empresa. Ele também alega que algumas manifestações realizadas pelos grupos: “Somos Todos Beatriz” e “Beatriz Clama por Justiça” acabam por atingir  a honra do colégio, funcionários e alunos, pois tentam passar que a instituição é insegura. Essa mesma empresa ainda reportou que a “Campanha dos Cards” iniciada no dia 01 de dezembro de 2016 possui conteúdo impróprio por ter divulgado nas redes sociais um post com uma foto que questionava a segurança do colégio com os seguintes dizeres: “Será que algum suspeito do crime ainda trabalha no colégio?”.

Os grupos “Somos Todos Beatriz” e “Beatriz Clama por Justiça” afirmam categoricamente que em nenhum momento se acusou a escola. Essas evidências foram apresentadas pelo presidente do inquérito na época, o doutor Marceone Ferreira e sua equipe de peritos e investigadores. Foram eles que apresentaram ao público alguns personagens que teriam participado ou facilitado essa covardia. Em coletiva à impressa foram divulgados: o estranho sumiço de chaves e adulteração do seu registro de controle; as câmeras que não funcionavam; a quantidade de atentados sofridos pela escola anteriormente; a não existência de segurança habilitados no horário do evento; a reforma desnecessária da sala de ballet; a existência de funcionários bloqueando a passagem de alunos na área do bebedouro e também de que Beatriz foi uma vítima aleatória, pois outras crianças foram abordadas enquanto bebiam água.

Diante disto tudo, esclarecemos que os tais cards pediam justiça; relatavam fatos  e  fatores  que estão  dificultando  a  solução  deste  crime;  apresentaram o suspeito e suas características físicas; mostraram a parte interna do colégio e a área onde tudo aconteceu, e ainda levantam questões do processo de investigação, e pedem outras apurações para a elucidação desta tragédia.

A escola tinha também a obrigação moral de divulgar essa e tantas outras campanhas lideradas pelos pais e familiares da pequena BEATRIZ em busca da verdade e da justiça. Não vemos a participação do colégio nessas manifestações. Precisamos mudar essa atitude.

A escola não quer apurações?

A escola quer que o assunto fique escondido da opinião pública? A escola também quer colocar uma pedra em cima disso tudo?

Cansou também sua beleza? Qual o medo da escola?

O que está por traz dessa tentativa de silenciar a opinião pública?

Se não quer ajudar, não atrapalhe!. Assim a escola assume um papel de ocultar os fatos.

O que está prejudicando ou prejudicou a sua imagem e a sua honra foi um crime hediondo ocorrido dentro de suas instalações.

Parem de tentar se fazer de vítimas.

Não nos calaremos. JAMAIS.

O Vale do São Francisco quer respostas. Seja o que for, doa em quem  doer.

Todos nós queremos JUSTIÇA.