A permanência do ministro Geddel Vieira Lima no cargo na Secretaria de Governo foi confirmada nesta segunda-feira (21) pelo presidente Michel Temer. Geddel foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo para que interferisse a favor da liberação da obra de um prédio em Salvador onde Geddel comprou um apartamento.

A obra foi embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão que fica subordinado ao Minitério da Cultura. Por conta do episódio, Calero se demitiu do cargo, alegando sofrer pressão. 

A assessoria do Palácio do Planalto divulgou nota sobre o caso, afirmando ainda que as decisões sobre a obra em Salvador seguirão "critérios técnicos" e que o Iphan terá sua autonomia respeitada. 


Hoje pela manhã, cinco dos sete conselheiros da Comissão de Ética da Presidência da República votaram a favor de uma investigação para apurar a denúncia contra Geddel. O julgamento acabou sendo suspenso por conta do pedido de vista do conselheiro José Saraiva havia adiado a discussão para dezembro. Mas, no final da tarde, a comissão voltou atrás e decidiu por unanimidade um processo para apurar a conduta de Geddel.


▬ Leia a nota divulgada pelo Planalto: 
"Em primeiro lugar, o ministro Geddel Vieira Lima continua à frente da Secretaria-Geral da Presidência. O presidente Michel Temer ressalta, adicionalmente, que todas as decisões sob responsabilidade do Ministério da Cultura são e serão encaminhadas e tratadas estritamente por critérios técnicos, respeitados todos os marcos legais e preservada a autonomia decisória dos órgãos que o integram, tal como ocorreu no episódio de Salvador."

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