Há exatos seis meses do início
do Segundo Ciclo do Projeto Bioma Caatinga, do SEBRAE e Fundação Banco do
Brasil, em parceria com o Banco do Brasil e o Governo do Estado da Bahia e
diversos outros parceiros, os resultados concretos começaram a aparecer. Foram
abatidos esta semana no Abatedouro Campo do Gado em Juazeiro os primeiros 10
animais ovinos da Fazenda Icó, que fica na região de Itamotinga em Juazeiro-BA
e é assistida pelo o Agente de Desenvolvimento Rural Sustentável (ADRS)
Fernando Gomes. Propriedade assistida pelo o Bioma Caatinga e que se tornou em
Fazenda Modelo do Projeto que tem o objetivo de melhorar o manejo da
caprinovinocultura no Norte da Bahia e aprimorar o gerenciamento das
propriedades e empresas que comercializam a carne de caprinos e ovinos.
Por isso o Instituto Fazenda
Icó foi criado com o objetivo de difundir técnicas e tecnologias apropriadas às
condições climáticas e socioeconômicas da região que sejam capazes de garantir
aos caprinovinocultores a exploração racional da atividade. A Fazenda Icó conta
hoje com um rebanho de 680 cabeças de caprinos e ovinos incluindo animais puros
e mestiços das raças Anglonubiana e Dorper.
Os 10 carneiros abatidos esta
semana não são de raças puras e o que chama atenção é o peso desses animais.
Todos com até seis meses de vida chegaram a pesar em média 10,3 kg cada um. Peso que, que se fossem criados soltos na caatinga
como geralmente se cria aqui na região, só alcançariam com pelo menos um ano de
vida. Por serem animais jovens a carne é mais macia e mais saborosa.
Para o analista do SEBRAE e Coordenador Geral do
Bioma Caatinga, Robério Araújo, apesar do tempo curto do projeto as ações estão
acontecendo na velocidade esperada. “Estamos atingindo nossos objetivos graças
as ações empreendedoras de muitos Agentes, Produtores, Empresas e Parceiros.
Verdadeiramente nosso principal ativo são as pessoas e os seus envolvimentos no
projeto” frisou Robério.
O que faz esses animais
serem diferentes dos que são criados soltos na caatinga são os cuidados com
vacinação e principalmente com alimentação e água desde o nascimento até o
momento do abate. O momento mais importante desse processo está no manejo após
o nascimento dos cabritos e borregos. Para garantir que o manejo alimentar
desses animais seja desenvolvido conforme as
recomendações técnicas estabeleceu-se o seguinte protocolo:
Alimentação
do Recém-nascido
Certificar-se que ao nascer a
cria tenha mamado imediatamente o colostro. Se o cabritinho não tiver condições
deverá ser ajudado. Se o problema for da cabra ou da ovelha outra deverá ser
utilizada. Está previsto também o preparo do colostro artificial usando os
seguintes ingredientes:
½ litro de leite (cabra ou de
gado) + ½ litro de água (filtrada ou fervida) + 02 gemas de ovos (só a gema) +
01 colher de sopa de mel juntar e bater até ficar homogêneo. Recomenda-se
ofertá-lo naturalmente três vezes até as primeiras seis horas e, até seis
vezes, nas 12 horas seguintes.
Outro ponto importante nesse
processo é fazer uso do Creep feeding, um cocho privativo onde apenas os
borregos e cabritos se alimentam do nascimento até 60 dias, momento da
apartação.
Passada a fase de colostro, logo nos primeiros
dias de vida, garantir o acesso dos cabritos à alimentação volumosa e água de
boa qualidade e de fácil acesso deverão estar sempre à disposição desses
animais.
Após o desmame, os
animais recebem suplementação de 200g de feno/cabeça/dia ou 1.0kg de
silagem/cabeça/dia, ração de crescimento 200g/cabeça/dia e água limpa à
vontade.
Animais
em terminação em confinamento
O curral de confinamento foi
dimensionado levando em consideração a área de 0,6 m2/cabeça. O volumoso deve é
fornecido à vontade no coxo (forragem verde picada, feno, silagem); o
concentrado com a seguinte formulação:
Por Josenaldo Rodrigues –
COAPSERI/ Projeto Bioma Caatinga