O pai filmava uma banda que tocava ao vivo na movimentada Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, mas acabou registrando o momento em que um homem puxa o filho, L., de 5 anos, pelo braço, na tentativa de levá-lo. Da calçada, a mãe, Juliana Nunes, entrou em pânico com o que viu e, assim como o marido, correu para evitar que o garoto fosse arrastado. Nesta segunda-feira, as imagens foram compartilhadas por ela em seu perfil no Facebook como uma forma de alertar outros pais. O caso foi registrado no 78 º Distrito Policial de São Paulo.


▬ Veja o vídeo:







Ao fundo, é possível ouvir o momento em que o pai aborda o homem. “Está indo para onde?”. Em resposta, escuta, entre risadas, o desconhecido responder “Tô brincando”. Nervoso, o pai rebate: “Que brincadeira é essa, mano?”. O homem se desculpa. Por fim, a voz de uma criança: “O que aconteceu?”.



No relato, a mãe conta que estava a cerca de cinco metros do menino, que foi ao encontro do pai sob sua vigilância. “L. queria ir na banca comprar gibi, que era ali do lado. Falei: vai lá e avisa seu pai que a gente tá na banca. Juro, era uma distância de, no máximo, 5 metros entre nós e Matheus e L. sabia onde o pai estava, não ia se perder e nem cruzar uma multidão. Fiquei na calçada com o cachorro e ele foi. Em menos de, sei lá, 5 segundos, não sei, um cara catou o L. pelo braço e estava levando embora. Saímos correndo e o cara parou, soltou L. Ele começou a falar que tava brincando, que era doente psiquiátrico”, completou.

Juliana disse que as imagens foram encaminhadas para a polícia, mas mesmo assim decidiu compartilhar o vídeo: outros pais precisam ficar de olho. “Nós não temos interesse em saber se este homem é doente mental, bandido, coitado ou maluco. Nós queremos que ele não tente fazer isso com outra criança. Queremos que ele não fique vagando pelas ruas pronto pra causar uma tragédia numa família. O que vivemos ontem foi dramático”, descreveu.

Nesta terça-feira (25), a mãe usou a mesma rede social para agradecer o carinho aos seguidores e falar sobre a abordagem do desconhecido a outros. “Tem pessoas falando que ele pegou o filho, a sobrinha, a neta pelos braços, que bateu em gente no metrô, que xingou meninas e ameaçou de morte, que comete atos obscenos na rua em plena Luz do dia (...). Obrigada por tanto carinho, tantas palavras de apoio, tanto amor com minha família. Vocês foram muito solidários com a nossa dor”, completou.


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