É bastante comum algumas pessoas sentirem enjoo ao viajar por longas horas, não apenas viagens de carro, como também de ônibus e avião. Durante esses deslocamentos, o seu cérebro entende que você está parado já que o corpo, de fato, não está se movendo. Ao mesmo tempo, os sensores de balanço localizados dentro do ouvido, no labirinto, contam para o cérebro que existe um deslocamento a uma certa velocidade.

▬ QUAL O MOTIVO DO ENJOO?

Dessa forma, confusão cerebral é a consequência óbvia e provoca o famoso enjoo. A explicação do neurocientista Dean Burnett, autor do livro 'Idiot Brain: What Your Head Is Really Up To' ('Cérebro Idiota: o que realmente ocorre na sua cabeça', em tradução livre), é que seu cérebro reage ao movimento em automóvel da mesma forma que agiria contra um veneno.


Burnett explica que o cérebro fica confuso e não sabe o que está acontecendo, então, o enjoo vem como uma forma de alerta e precaução do corpo. "Temos o enjoo de movimento, porque nosso cérebro está constantemente preocupado em ser envenenado", exlica.

▬ O QUE ACONTECE? 

Essa relação é fácil de ser comprovada quando, muitas vezes, a sensação de desconforto é aliviada ao se olhar para a janela, por exemplo. Dessa forma, o cérebro fica mais convencido de que você, de fato, está em movimento e que está tudo bem.
Dentro do órgão labirinto, há líquido e cílios que se mexem de acordo com o movimento da cabeça, e principalmente do globo ocular. São os cílios que proporcionam o equilíbrio e, nas pessoas mais sensíveis à movimentação brusca dos cílios, durante a viagem, esse movimento pode provocar efeitos desagradáveis.
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Além dos enjoos, outros sintomas como sudorese, palidez e até tonturas podem ser despertados. Todos esses desconfortos são muito mais comuns nas crianças porque o labirinto e o sistema nervoso central são mais imaturos.