Os líderes da base aliada do governo interino estão reunidos na liderança do PSDB para definir a estratégia para interrogar a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT). A petista virá ao Senado para se defender nesta segunda-feira (29), capítulo mais importante do julgamento final do processo de impeachment.
Os parlamentares que apoiam o afastamento definitivo de Dilma se recusaram a fazer acordo com os aliados da presidente afastada para intercalar a ordem das perguntas, que serão feitas por ordem de inscrição.
Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Álvaro Dias (PV-PR), José Agripino (DEM-RN), Waldemir Moka (PMDB-MS), José Medeiros (PSD-MT), Antonio Anastasia (PSDB-MG), José Anibal (PSDB-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES) participam da reunião. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbasshay (PSDB-BA), também está presente.
Antes da reunião, líderes destacaram a importância de evitar que Dilma saia do julgamento final com a imagem de vítima de um golpe.
De acordo com Aécio, se Dilma errar no tom, as respostas serão à altura. “Nós estamos preparados para fazer os questionamentos com absoluto respeito a presidente afastada. Obviamente que ela dará o tom. Esperamos que seja um tom a altura desse momento difícil que passa o Brasil”, afirmou.
O tucano destacou ainda a delicadeza que caracteriza o ambiente político. “Não é um momento de festa, nem para aqueles que apoiam o impeachment”, disse.
Segundo Caiado, as perguntas dos parlamentares serão técnicas e eles não cairão em provocação. O líder do DEM protagonizou mais de uma briga com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) nos dois primeiros dias do julgamento.
Para José Agripino, a ordem é “não correr risco de mudar o resultado do jogo”. Ele destacou, porém, que o "jogo está jogado".
O senador Jorge Viana (PT-AC) é o interlocutor da oposição com a base aliada do governo interino para estabelecer tom equilibrado da sessão desta segunda-feira.