Diante da crise política e moral que
vive o Brasil, as novas regras criadas ultimamente, altera as regras eleitorais
e a disputa dos cargos públicos eletivos nos municípios. Mesmo com apenas 08
(oito) dias de propaganda eleitoral, podemos pontuar observações óbvias e
marcadas pelas alterações vividas com as mudanças das normas do jogo.
O fim do financiamento empresarial de
campanha eleitoral, “empobreceu” as e acrescentou maior equilíbrio político nas
disputas. A nova padronização do tamanho de alguns tipos de propagandas de rua,
a queda do limite máximo para gasto com campanha de prefeito e vereador, tornam
mais racionais e equiparadas às disputas.
O debate televisionado entre
candidatos/as a prefeito/a da maior cidade do País, São Paulo, na noite da
segunda-feira passada, 22 de agosto, não contou com os ataques pessoais da
lógica política tradicional. Aqui em Sento-Sé, como exemplo, a campanha desses
dias, não apresentou ataque pessoal, e se teve, foi em escala muito menor do
que era antes. Por outro ângulo, destaco que caiu a quantidade de candidatos a
vereador, se comparado com ultimas eleições passadas, e, considerando o
crescimento populacional. Isso, e a diferença da condição entre candidatos que
estão no exercício do cargo de vereador, sobre os outros, me deixa crer que,
infelizmente, o percentual de renovação de nomes na nova composição da Câmara
de Vereadores, deverá ser menor do que na Eleição de 2012 .
Definição das novas regras eleitorais
choca-se com a cultura do Sistema Político vicioso local: A lei diz que é crime
comprar e vender voto, mas, temos uma parcela da sociedade dizendo abertamente
que só votará se for por dinheiro; O limite de gasto de uma campanha de
prefeito, aqui, é de R$ 140 (cento e quarenta mil reais) e um só Comício nos
moldes do município, custa, mais ou menos, R$ 70 (setenta mil reais). Grande
parte do eleitorado está “acostumada” com campanha volumosa, populosa, cara
mesmo. A medição de força entre pelo menos as duas maiores coligações, é o
principal balizador popular, para se ter ideia de quem tá na frente, na
intenção de voto.
Especialistas em ciências, social,
econômica, política, dizem que: “toda crise é oportunidade para crescer,
melhorar, transformar”!... Particularmente, vejo que os referidos pontos
relacionados e vinculados com a palavra “crise”, aponta para uma melhora
sistêmica da cultura política, com consequências objetivas na melhoria da
qualidade de vida da sociedade, no futuro.
Laurenço Aguiar
– Estudioso e Dirigente Político