Após abandonar a final do individual geral com dores no tornozelo, Jade Barbosa foi levada diretamente para a realização de exames na clínica da Vila dos Atletas. De acordo o médico-chefe da delegação brasileira, Roberto Nahon, nenhuma lesão grave foi detectada. A ginasta apresentava, nesta quinta-feira, sua série de solo e sentiu dores no tornozelo direito. Sem conseguir conter as lágrimas, foi retirada da área de competição com uma cadeira de rodas.
- Nenhum exame mostrou lesão grave. Ela tem uma reação inflamatória pelo ato mecânico que fez, mas nada grave. Ela vai tratar a fase aguda agora, depois vamos dar os passos para o retorno às atividades físicas - disse o médico.
O médico explicou que Jade Barbosa precisará de um tempo de repouso, mas o retorno aos treinos não deve demorar. A final desta quinta-feira marcava a última participação da atleta nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

- Quando trata a fase aguda bem, com repouso, volta mais rápido. Como ela vai ter esse tempo para tratar, tem a previsão de voltar bastante rápido (...) Quando você está no movimento de rotação e não tem altura ou velocidade, você faz uma hiperextensão da perna. Isso causa um estresse. É um movimento bastante comum na prática esportiva - disse Jade, que ainda comemorou em uma rede social a vaga em mais uma final olímpica.
Cenário da lesão, a prova do individual geral reúne os quatro aparelhos da ginástica feminina. Antes do solo, Jade Barbosa havia se apresentado na trave, com a nota de 13,700. A decisão de incluir Jade na final foi feita pela comissão técnica no começo da semana. Inicialmente, Flávia Saraiva seria a segunda representante brasileira ao lado de Rebeca Andrade. No entanto, a intenção era deixar Flavinha focada apenas na final individual da trave.