Uma das principais causas de problemas de audição é o tempo de exposição aliado ao som em volumes inadequados. Com isso, os fones de ouvido sempre foram rivais quando se fala de saúde auditiva. No entanto, com o avanço da tecnologia, os aparelhos estão mudando esse panorama e o grande responsável por isso é o isolamento acústico.
Em 2014, uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Otologia constatou que cerca de 80% dos jovens entre 11 e 18 anos ouviam música acima de 85 decibéis, volume considerado limite para evitar algum tipo de lesão. O estudo foi realizado em dois colégios de São Paulo e pode ter os resultados alterados com os avanços tecnológicos. 
Para entender a mudança, vale observar a diferença que um isolamento acústico faz ao ouvir músicas, por exemplo. Segundo a fonoaudióloga Isabela Papera, na prática, quanto maior for a capacidade do fone de ouvido de bloquear ruídos externos, mais o usuário tende a manter um volume médio, que não prejudique a audição. 
“Dependendo do volume e do tempo de exposição ao som elevado, além de uma predisposição genética, o indivíduo pode sofrer danos auditivos cada vez mais severos, de forma contínua e elevada ao longo da vida”, explica Isabela.
O isolamento acústico, cada vez mais apurado nos fones de ouvido atuais, pode de certa forma ajudar a evitar a PAINSPE, sigla para Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados. A doença tem efeito gradual e pode ser irredutível caso não tratada a tempo. 
Em tese, com o bloqueio de ruídos externos, o usuário tende a diminuir o volume para um som mais agradável, abaixo dos 85 decibéis prejudiciais.
Assim, na hora de escolher um fone, dê preferência para os aparelhos com isolamento acústico. Além disso, evite escutar a música no último volume ou passar mais de uma hora com o acessório.