Exatamente uma semana depois do atropelamento do poodle Bob, em Santa Cruz do Sul, o suspeito se apresentou à Polícia Civil e admitiu ter atingido o cachorro de forma proposital. Uma câmera de monitoramento de uma residência flagrou o motorista atropelando duas vezes o animal, que morreu.

De acordo com o delegado Marcelo Chiara Teixeira, que investiga o caso, acompanhado de um advogado, o suspeito alegou que Bob constantemente matava as galinhas que ele criava em seu terreno.

— Ele disse que naquele dia o cão havia matado uma das galinhas dele. E, quando ele saiu para trabalhar, viu o animal no meio da rua, e, num momento de raiva, o atropelou — conta Teixeira.

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Interrogado sobre o motivo de ter atingido pela segunda vez o cachorro, o suspeito disse à polícia que não queria que ele ficasse agonizando e sofrendo, por isso quis se certificar da morte. Ainda segundo o delegado, o homem se disse arrependido do fato.

O caso foi remetido nesta quinta-feira à Justiça e o indiciado responderá em liberdade. Pelo artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais, os maus-tratos a animais são considerados de "menor potencial ofensivo". Por isso, o crime tem pena inferior a dois anos de reclusão. Portanto, se for condenado, o homem não será preso.